16 de setembro de 2008

Porque estamos em greve

Uerj, 15/09/2008

Há quase oito anos com os salários congelados pleiteamos, desde o início do governo Cabral, a negociação de um índice de reajuste que elimine a defasagem, hoje ultrapassando os 70%.

Após reiteradas promessas do governo, não-cumpridas, os docentes estabeleceram, em assembléia, o dia 09/09 como prazo limite para a resposta às reivindicações. Ignorando as representações sindicais dos trabalhadores, uma pretensa proposta do governo foi apresentada à comunidade, por documento assinado pelo reitor da Uerj, com o velado propósito de, mais uma vez, ludibriar os trabalhadores da Uerj. Entre as ardilezas do texto, destacamos:

1. O governo se compromete, segundo o reitor, a “iniciar em dezembro um processo”, que apelidou de “readequação da carreira docente”. A data proposta para o seu “início” coincide com o término das eleições e início dos recessos na Alerj e na Uerj.

2. Não há informações sobre os trâmites desse processo, a forma de sua concretização, tampouco indica quando os valores propostos serão efetivados. Caso os procedimentos sejam similares aos da implantação do plano dos servidores, como afirma a carta, o tal “processo” pode levar mais de dois anos e ultrapassar o mandato deste governo.

3. Em um futuro incerto, o reajuste estaria previsto por alterações dos pisos salariais das categorias docentes, como se as perdas tivessem ocorrido de modo diferente para os docentes de cada uma delas.

4. Na prática, propõe-se, sem horizonte para se concretizar, um reajuste diferenciado, que quebra a isonomia na categoria docente, sem nada conceder aos servidores técnico-administrativos.

Os trabalhadores da Uerj exigem ser tratados com dignidade e respeito Reivindicamos um reajuste universal, que elimine a maior defasagem salarial da história.

Asduerj

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