21 de janeiro de 2009

Leblon ameaçado de perder seu Centro Cultural

Ato Público: dia 22 de janeiro, quinta feira, às 17hs, no Teatro Casa Grande, Shopping Leblon

A Associação Cultural Teatro Casa Grande, prevista para funcionar nos andares superiores do Teatro, no Shopping Leblon, está ameaçada de não existir, por falta de apoio do governador Sérgio Cabral. O projeto prevê uma universidade aberta, um ateliê de artes plásticas para artistas carentes, além da volta dos tradicionais debates, que transformaram o Teatro Casa Grande em um centro de resistência democrática durante a Ditadura, dando voz à intelectualidade brasileira.

Além dos projetos sociais o grande objetivo é remontar o Palco que no passado reuniu calorosas discussões e troca de idéias em defesa da democracia, quando intelectuais e artistas como Antonio Callado, Ferreira Goulart, Paulo Pontes, Antônio Candido, Ziraldo, Sergio Ricardo, Paulinho da Viola, Jaguar e Vianinha, entre outros, lutavam pelo restabelecimento do direito de opinar. Contudo, o espaço onde está sendo implantada a Associação Cultural está na mira do Governo Estadual que decidiu arbitrariamente vende-lo. Em defesa desse patrimônio cultural, um ato público será realizado no dia 22 de janeiro, quinta feira, às 17hs, na av. Afrânio de Mello Franco, número 290, Shopping Leblon, sendo a concentração na porta do Teatro Casa Grande, estando programada na ocasião, visita às instalações, nos andares superiores, onde funcionaria a Associação Cultural.

O uso do espaço onde foi erguido o Teatro e os demais andares onde funcionaria a Associação Cultural é uma concessão pública, com direito de exploração, e foi concedido ao Teatro Casa Grande por meio de Decreto da Assembléia Legislativa, em 1986, sancionado pelo então Governador Nilo Batista.

O Teatro, considerado o mais moderno e bem equipado entre os teatros brasileiros, atualmente apresenta o espetáculo “A noviça rebelde”, sucesso de público e de crítica. No entanto, a Associação Cultural tem sido alvo de declarações pouco lisonjeiras por parte do Secretário de Governo, Regis Fisher que, desconsiderando o conteúdo do projeto, para justificar o descumprimento do Decreto e a venda do espaço, afirma simplesmente que o Rio de Janeiro “não precisa de mais um centro cultural”.

CONTANDO COM O SEU APOIO, OS NOSSOS AGRADECIMENTOS
Lilian Nabuco
(Para maiores esclarecimentos meus telefones são 22395576 e 82780959)

Nenhum comentário:

Postar um comentário